
Idi Amin Dada. Eu achei o nome engraçado. Eu era criança. Ouvi na tevê, ouvi os adultos falando. Achei engraçado, mas durou pouco. Um nome que soava como o tatibitate dos bebês, mas um homem odiável. Foi meu pai quem disse, eu me lembro como se fosse hoje: assassino sanguinário, déspota, tirano. As sílabas tônicas bem marcadas. Eu nem precisei abraçar o pesado dicionário. Sabia do que se tratava. Idi Amin Dada me assombrou por um bom tempo e abre minha lista de malvados reais.
Muamar Kadafi teve boa relação com Dada, mas nunca me enganou. Eu me lembro do líbio no noticiário, nada de bom perto dele. A excentricidade dos maus. As imagens falavam por si. E a turma da malvadeza do Oriente Médio aterrorizou o mundo por muito tempo... O aiatolá Khomeini governou o Irã, eliminando seus opositores, enquanto eu passava da adolescência para a juventude. O iraquiano Saddam Hussein foi executado quando eu já andava nos 40 anos de idade.
Fidel Castro e Che Guevara até hoje enganam os trouxas, quem quer ser enganado. A América Latina insiste nessa gente: Hugo Chávez, Nicolás Maduro, Daniel Ortega...
O comunista cambojano Pol Pot também tinha um nome que não me assustava. Era sonoro, curto, leve, quase brincalhão. Na minha meninice, eu tinha essa impressão, mas, antes de eu nascer, Pol Pot já estava pronto para a matança. E perseguiu e eliminou muita gente, pelo menos 1,5 milhão de pessoas. Juntou-se aos assassinos que sempre me atormentaram: Stalin, Hitler e Mao Tsé-tung. As mortes aos milhões, minha família devastada na Alemanha, a dura compreensão de que sempre haverá muita gente sem coração no poder.